também sou uma publicitária formada, escritora independente e contínua estudante sobre sociologia e cultura pop e por isso, Enna, me identifiquei e concordo com tudo o que você trouxe nesse texto! é incrivel como sempre ficamos reféns da perspectiva dos mais abastados, né? a saúde mental tá indo pro ralo com os algoritmos? vamos fazer o mesmo que os influenciadores milionários decidiram, genial! e quem não tem alternativa de lazer ou de crescer no trabalho ou criar uma renda extra com conteúdo que seja ainda mais explorado e submetido a fazer coisas duvidosas para atrair o público para o seu conteúdo super legal, mas desvalorizado.
"a ignorância é uma bênção" vem do mesmo lugar onde "deletar suas redes é uma bênção", pode até funcionar para algumas coisas, mas significa perder outras igualmente importantes. o algoritmo nos disciplinou e passamos a tratar a internet e as redes sociais como algo que nos escraviza, quando na verdade quem faz isso são outras pessoas por trás do funcionamento dessas plataformas. podemos educar nosso algoritmo e passar a treiná-lo (ao invés do contrário), podemos transformar a internet em um lugar educado, onde coisas positivas tenham mais impacto que as negativas, onde as pessoas ajudem umas as outras a crescer. ou só abrir uma tela e ler um texto legal do substack. detox de redes sociais é tão revolucionário quanto permanecer nelas. a diferença está entre o que é uma escolha sua ou o que você faz porque foi condicionado a isso.
é o que sempre digo aqui, não tem como a gente tentar largar a internet do nada, excluir todos os aplicativos e achar que pronto, estamos curados! é o caso de “se você não pode derrotar o inimigo, se junte a ele”, mas, nesse caso, a internet não precisa ser a inimiga. é como você falou, se a gente treinar o algoritmo, saber dosar o que nos faz bem e o que não faz, sem ficar preso numa bolha onde nada de ruim atinge, conseguimos usar tudo muito bem.
pensei e você escreve né diva, amo amo. é exatamente sobre isso! o vício nas redes sociais é como qualquer outro, não é fácil de tirar da sua vida, a diferença é que não levam a sério. texto maravilhoso 💝
Sou jornalista e trabalho cobrindo cinema para um site. No meio da cobertura do Oscar, o site se envolveu em um escândalo político do qual os redatores não tinham absolutamente nada a ver. Infelizmente, meu trabalho depende de audiência, mesmo que eu não esteja diretamente envolvida com redes sociais. Não sou influenciadora nem social mídia, ou seja, minha renda não vem diretamente de postagens ou interações online. No entanto, preciso que as pessoas acessem e compartilhem os links que divulgo.
Com o escândalo, alguns dos redatores começaram a receber ameaças da oposição ao site, o que me causou grande preocupação. Quase cheguei ao ponto de um burnout. Como resultado, decidi desativar minhas redes sociais durante a quaresma (seja lá o que isso signifique), e pretendo ficar offline até a Páscoa.
Reconheço que tenho privilégios, mas também acredito que é importante respeitar nossos próprios limites, além disso, conheço pessoas que vivem muito bem sem redes sociais, mesmo sendo pobres. Existem outras formas de comunicação e distração, e cada um escolhe como quer utilizar seu tempo, portanto, eu compreendendo as pessoas low profile, mas também concordo com você.
claro que sim, concordo com você! tanto que até digo no texto que isso não é incentivo nenhum ao scroll infinito ou ao burnout.
a galera que é low profile ou que não gosta muito de redes sociais já é acostumada com isso e consegue manter essa distância, o negócio aqui é que não é tão simples como dizem que é, entende? é a mesma história do “quem quer dá jeito”… às vezes querer não é o suficiente e envolve um pouco mais de camadas do que simplesmente fazer.
tem como se desvincular desse hábito? com certeza, mas não dá pra ficar se culpando por não conseguir passar 1 mês sem tiktok de uma hora pra outra. :/
Está sendo difícil pra mim, não dá pra negar, mas estou encarando como um desafio pessoal e também, fiz isso para me proteger, mas não vejo a hora de voltar 🥲
A parte sobre quem trabalha na internet é dolorosamente real. Quem depende de engajamento, seja freelancer ou criador de conteúdo, não pode se dar ao luxo de sumir. O mercado digital engole rápido quem para, e o algoritmo não perdoa. A comparação com a Jout Jout foi certeira: ela sumiu porque podia, mas a maioria não tem essa opção. A questão de usar a internet como anestesia também foi um soco no estômago. É fácil falar em "desconectar" quando você tem estrutura emocional e financeira para lidar com o vazio. Mas pra muita gente, a internet é a única distração do peso da realidade. E sim, é muito mais fácil rir de um meme do que encarar um portal de notícias recheado de tragédias.
pois é… eu também escolheria fazer um mochilão, ir pra um retiro me descobrir e passar 1 mês num spa se eu pudesse, mas não é assim que a realidade funciona e eu não vou me sentir culpada por usar o celular como escapismo por um tempo. compreendo que demais faz mal e a gente precisa sim se desvincular um pouco, mas não dá pra demonizar ninguém por isso.
também sou uma publicitária formada, escritora independente e contínua estudante sobre sociologia e cultura pop e por isso, Enna, me identifiquei e concordo com tudo o que você trouxe nesse texto! é incrivel como sempre ficamos reféns da perspectiva dos mais abastados, né? a saúde mental tá indo pro ralo com os algoritmos? vamos fazer o mesmo que os influenciadores milionários decidiram, genial! e quem não tem alternativa de lazer ou de crescer no trabalho ou criar uma renda extra com conteúdo que seja ainda mais explorado e submetido a fazer coisas duvidosas para atrair o público para o seu conteúdo super legal, mas desvalorizado.
"a ignorância é uma bênção" vem do mesmo lugar onde "deletar suas redes é uma bênção", pode até funcionar para algumas coisas, mas significa perder outras igualmente importantes. o algoritmo nos disciplinou e passamos a tratar a internet e as redes sociais como algo que nos escraviza, quando na verdade quem faz isso são outras pessoas por trás do funcionamento dessas plataformas. podemos educar nosso algoritmo e passar a treiná-lo (ao invés do contrário), podemos transformar a internet em um lugar educado, onde coisas positivas tenham mais impacto que as negativas, onde as pessoas ajudem umas as outras a crescer. ou só abrir uma tela e ler um texto legal do substack. detox de redes sociais é tão revolucionário quanto permanecer nelas. a diferença está entre o que é uma escolha sua ou o que você faz porque foi condicionado a isso.
comentário cirúrgico, bianca!
é o que sempre digo aqui, não tem como a gente tentar largar a internet do nada, excluir todos os aplicativos e achar que pronto, estamos curados! é o caso de “se você não pode derrotar o inimigo, se junte a ele”, mas, nesse caso, a internet não precisa ser a inimiga. é como você falou, se a gente treinar o algoritmo, saber dosar o que nos faz bem e o que não faz, sem ficar preso numa bolha onde nada de ruim atinge, conseguimos usar tudo muito bem.
vc foi extremamente necessária, esse texto foi um soco e um abraço ao mesmo tempo
fico feliz que gostou, mia! ❤️❤️
pensei e você escreve né diva, amo amo. é exatamente sobre isso! o vício nas redes sociais é como qualquer outro, não é fácil de tirar da sua vida, a diferença é que não levam a sério. texto maravilhoso 💝
obrigada, jhe!! fico feliz que gostou
Sou jornalista e trabalho cobrindo cinema para um site. No meio da cobertura do Oscar, o site se envolveu em um escândalo político do qual os redatores não tinham absolutamente nada a ver. Infelizmente, meu trabalho depende de audiência, mesmo que eu não esteja diretamente envolvida com redes sociais. Não sou influenciadora nem social mídia, ou seja, minha renda não vem diretamente de postagens ou interações online. No entanto, preciso que as pessoas acessem e compartilhem os links que divulgo.
Com o escândalo, alguns dos redatores começaram a receber ameaças da oposição ao site, o que me causou grande preocupação. Quase cheguei ao ponto de um burnout. Como resultado, decidi desativar minhas redes sociais durante a quaresma (seja lá o que isso signifique), e pretendo ficar offline até a Páscoa.
Reconheço que tenho privilégios, mas também acredito que é importante respeitar nossos próprios limites, além disso, conheço pessoas que vivem muito bem sem redes sociais, mesmo sendo pobres. Existem outras formas de comunicação e distração, e cada um escolhe como quer utilizar seu tempo, portanto, eu compreendendo as pessoas low profile, mas também concordo com você.
claro que sim, concordo com você! tanto que até digo no texto que isso não é incentivo nenhum ao scroll infinito ou ao burnout.
a galera que é low profile ou que não gosta muito de redes sociais já é acostumada com isso e consegue manter essa distância, o negócio aqui é que não é tão simples como dizem que é, entende? é a mesma história do “quem quer dá jeito”… às vezes querer não é o suficiente e envolve um pouco mais de camadas do que simplesmente fazer.
tem como se desvincular desse hábito? com certeza, mas não dá pra ficar se culpando por não conseguir passar 1 mês sem tiktok de uma hora pra outra. :/
obrigada pelo comentário! ☺️
Está sendo difícil pra mim, não dá pra negar, mas estou encarando como um desafio pessoal e também, fiz isso para me proteger, mas não vejo a hora de voltar 🥲
A parte sobre quem trabalha na internet é dolorosamente real. Quem depende de engajamento, seja freelancer ou criador de conteúdo, não pode se dar ao luxo de sumir. O mercado digital engole rápido quem para, e o algoritmo não perdoa. A comparação com a Jout Jout foi certeira: ela sumiu porque podia, mas a maioria não tem essa opção. A questão de usar a internet como anestesia também foi um soco no estômago. É fácil falar em "desconectar" quando você tem estrutura emocional e financeira para lidar com o vazio. Mas pra muita gente, a internet é a única distração do peso da realidade. E sim, é muito mais fácil rir de um meme do que encarar um portal de notícias recheado de tragédias.
pois é… eu também escolheria fazer um mochilão, ir pra um retiro me descobrir e passar 1 mês num spa se eu pudesse, mas não é assim que a realidade funciona e eu não vou me sentir culpada por usar o celular como escapismo por um tempo. compreendo que demais faz mal e a gente precisa sim se desvincular um pouco, mas não dá pra demonizar ninguém por isso.
texto extremamente necessário! 💗
obrigadaa, fico feliz que gostou! ❤️